PRÁTICAS ESTRATÉGICAS E ESTRATEGISTAS: ESTUDO DE CASO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA
DOI:
https://doi.org/10.24883/IberoamericanIC.v7i2.214Palavras-chave:
Estratégia, Estratégia como prática, Estrategistas, Isomorfismo, Strategy, Strategy as practice, Strategists, IsomorphismResumo
O estudo objetivou uma análise da prática estratégica e dos estrategistas, na forma de estudo de caso em uma IES. Buscou-se identificar as ações estratégicas, os estrategistas e os mecanismos institucionais isomórficos relacionados com a prática da estratégia por meio de pesquisa de caráter qualitativa e descritiva. Os participantes do estudo foram a gestora acadêmica e a pedagoga, enquanto respondentes de entrevista semiestruturada e em profundidade, cujo instrumento refere-se a um roteiro já testado e validado por Walter (2010). Para a construção deste houve análise de documentos internos, e a observação direta da pesquisadora. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas literalmente. As abordagens teóricas que contemplaram esta construção foram a estratégia como prática e o isomorfismo. Os dados obtidos por meio da pesquisa foram descritos e analisados em categorias de análise. Na análise dos dados e resultados verificou-se a presença do isomorfismo do tipo mimético, como predominante na IES. Por momentos, percebeu-se a inclusão do isomorfismo coercitivo advindo das estratégias macro da Instituição. Percebeu-se uma movimentação das pessoas em todos os níveis no sentido de “estratetizar”, sendo colaboradores dos mais diversos níveis dentro da IES. Já em termos externos, observou-se a participação e o atendimento à comunidade local.
Downloads
Referências
BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. S. Administração estratégica e vantagem competitiva. São Paulo: Pearson, 2007.
DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review, v. 48, p. 147-160, 1983. DOI: https://doi.org/10.2307/2095101
HAIR JR., J.F.; BABIN, B.; MONEY, A.H.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HANNAN, M. T.; FREEMANN, J. The population ecology of organizations. American Journal of Sociology, v. 82, p. 929 – 964, 1977. DOI: https://doi.org/10.1086/226424
INEP. Resumo técnico: censo da educação superior 2009. Brasília, 2009. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/superior/censo/2009/ sinopse_ da_ educacao_superior_2009.xls>. Acesso em: 25 out. 2009.
JARZABKOWSKI, P. Strategy as practice: an activity-based approach. London: Sage, 2003.
_______. Strategy as practice: an activity-based approach. London: Sage Publication, 2005.
_______.; BALOGUN, J.; SEIDL, D. Strategizing: the challenges of a practice perspective. Human Relations, v. 60, n. 1, p. 5-27, 2007. DOI: https://doi.org/10.1177/0018726707075703
JOHNSON, G.; Langley, A.; Melin, L.; Whittington, R.. Strategy as practice: research directionas and resources. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511618925
KELLER, G. Academic strategy. Baltimore: The Johns Hopskins University, 1983.
MEYER JR., V. Planejamento universitário: ato racional, político ou simbólico: um estudo de universidades brasileiras. Revista Alcance, v. 12, n. 3, p. 373-389, 2005.
MANTERE, S.; WHITTINGTON, R. Becoming a strategist: senior manager trajectories. In: EUROPEAN GROUP OF ORGANIZATIONAL, 23., 2007 Vienna, Austria. Anais... Viena: EGOS, 2007.
MINTZBERG, Henry; LAMPEL, Joseph; QUINN, James B.; GHOSHAL, Sumantra. O Processo da Estratégia. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
MINTZBERG, H. The strategy concept 1: the five Ps of strategy. California Management Review. v. 30, n. 1, p. 11-24, 1987. DOI: https://doi.org/10.2307/41165263
STAKE, R. E. The art of case study research. London: Sage Publications, 1995.
SILVEIRA, A.; DOMINGUES, M. J. C. S. Reflexões sobre administração universitária e ensino superior. Blumenau: Edifurb, 2010.
VIZEU, F.; GONÇALVES, S. A. Pensamento estratégico: origens, princípios e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010.
WALTER, S. A.; ROCHA, D. T; DOMINGUES, M. J. C. S.; TONTINI, G. De professor a gestor: uma análise do perfil dos gestores dos cursos de administração das instituições de ensino superior da região oeste do Paraná. Revista Angrad, v. 8, p. 53-72, 2007.
_______. Mecanismos isomórficos e práticas estratégicas: o caso da Sooro. 2010. 267f. Tese (Doutorado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2010.
_______.; AUGUSTO, P. O. M.; FONSECA, V. S. O campo organizacional e a adoção de práticas estratégicas: revisitando o modelo de Whittington. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO. 2011, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2011.
WALTER, S. A.; MEYER JR., V. Estratégias acadêmicas: análise de uma escola de administração. In: SILVEIRA, A.; DOMINGUES, M. J. C. (Coord.). Reflexões sobre administração universitária e ensino superior. Blumenau: Edifurb, p. 73-100, 2008.
WHITTINGTON, R. Strategy as practice. Long Range Planning, v. 29, n. 5, 1996. DOI: https://doi.org/10.1016/0024-6301(96)00068-4
_______. The work of strategizing and organizing: for a practice perspective. Strategic Organization, v. 1, n. 117, 2003. DOI: https://doi.org/10.1177/147612700311006
_______. Completing the practice turn in strategy research. Organization Studies, v. 27, n. 5, p. 613-634, 2006. DOI: https://doi.org/10.1177/0170840606064101
WOOTEN, M.; HOFFMAN, A. J. Organizational fields: past, present and future. In: GREENWOOD, R. et al. (Eds.).The Sage handbook of organizational institutionalism. London: Sage Publications, 2008. p. 130 -147. DOI: https://doi.org/10.4135/9781849200387.n5
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto na da revista;
O(s) autor(es) garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) emhttp://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html