Empreendedorismo Sustentável no Agronegócio: O Caso de uma Cooperativa Agroindustrial
DOI:
https://doi.org/10.24883/eagleSustainable.v13i.424Palavras-chave:
empreendedorismo sustentáve, agroindústria sustentáve, Objetivos de desenvolvimento sustentávelResumo
Objetivo: Identificar as práticas sustentáveis em uma cooperativa agroindustrial do Rio Grande do Sul - RS (estado do sul do Brasil conhecido por sua significativa participação na produção nacional do agronegócio), correlacionando-as aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Agenda 2030, além de analisar como o empreendedorismo sustentável está transformando a vida das famílias e o espaço onde vivem.
Metodologia/abordagem: O estudo utilizou coleta de dados primários por meio de entrevista semiestruturada ocorrida em julho de 2020 com a Coordenadora Ambiental, também fez uso de dados secundários com observação, análise documental por meio de consulta ao site da cooperativa, documentos e controles internos para gerar convergência de evidências e fortalecer a validade de construto por meio da triangulação de fontes, em que os achados do estudo de caso são sustentados por mais de uma fonte de evidências.
Originalidade/Relevância: O empreendedorismo sustentável refere-se à descoberta, criação e exploração de oportunidades de negócios que contribuam para a sustentabilidade, gerando ganhos socioambientais para a sociedade.
Principais conclusões: A Cooperativa estudada assume um papel de responsabilidade socioambiental através das atividades desenvolvidas que geram valor aos cooperados de forma inovadora, segura e sustentável, além de beneficiar a comunidade do entorno com práticas sustentáveis. Foram identificadas práticas educativas e ambientais que contribuem para a promoção da sustentabilidade no agronegócio, como o uso de tecnologias limpas na produção e o manejo adequado dos resíduos gerados pela atividade agroindustrial. Essas práticas geram ganhos socioambientais para a sociedade.
Contribuições teóricas/metodológicas: Este estudo traz uma relevante contribuição teórica ligada à sustentabilidade e ao empreendedorismo no agronegócio a partir de achados nas práticas de uma cooperativa. Para além de contribuir também a nível ambiental, este trabalho contribui para contribuir para os pilares financeiro e social que a sustentabilidade engloba.
Downloads
Referências
Aghelie, A., Sorooshian, S., &Azizan, N. (2016). A. Research gap in sustainable Entrepreneurship. Indian Journal of Science and Technology, vol. 9, n. 12, p. 1-6. https://doi.org/10.17485/ijst/2016/v9i12/77648 DOI: https://doi.org/10.17485/ijst/2016/v9i12/77648
Alves, A. O., & Leal, A. C. (2003). Pressupostos teóricos e metodológicos do planejamento ambiental. Formação (Online), 1(10).
Balakhrisnan, R., Toscani, F. Como o boom das commodities ajudou a reduzir a pobreza e a desigualdade na América Latina. Insights & Analysis on Economics & Finance. IMF Blog. 21 de junho de 2018. Available: <https://www.imf.org/pt/Blogs/Articles/2018/06/21/blog-how-the-commodity-boom-helped-tackle-poverty-and-inequality-in-latin-america>. Access on: [Jun 2023].
Bansal, P. (2005). Evolving sustainability: A longitudinal study of corporate sustainable development. Strategic Management Journal, v. 26, n. 3, p. 197-218, 2005. https://doi.org/10.1002/smj.441 DOI: https://doi.org/10.1002/smj.441
Barbiere, Jc; Simanton, Ma. (2007). Organizações Sustentáveis Inovadoras. São Paulo: Atlas.
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. ed. rev. e atual. Lisboa: Edições, 70.
Binder, Julia Katharina; Belz, Frank-Martin. (2015). Sustainable entrepreneurship: what it is. Handbook of Entrepreneurship and Sustainable Development Research, p. 30-72, 30 jan 2015. Edward Elgar Publishing. https://doi.org/10.4337/9781849808248.00010. DOI: https://doi.org/10.4337/9781849808248.00010
Borges, C., Borges, M. M., Ferreira, V. D. R. S., Najberg, E., & Tete, M. F. (2013). Empreendedorismo sustentável: proposição de uma tipologia e sugestões de pesquisa. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 2(1), 77-100. https://doi.org/10.14211/regepe.v2i1.36 DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v2i1.36
Boszczowski, Anna Karina; Teixeira, Rivanda Meira. (2012). O Empreendedorismo Sustentável e o Processo Empreendedor: em busca de oportunidades de novos negócios como solução para problemas sociais e ambientais. Revista Economia & Gestão, v. 12, n. 29, p. 1-28, PUCMG. https://doi.org/10.14392/REG-2012-12-29-01. DOI: https://doi.org/10.5752/P.1984-6606.2012v12n29p109
Brazil. Ministério da Agricultura e Meio Ambiente. A agricultura brasileira em números 2020. Available at: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/todas- publicacoes-de-politica-agricola/agropecuaria-brasileira-em-numeros/agropecuaria-brasileira-em-numeros -October-2019. Accessed on: Jul 2020.
Brazil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Projeções do Agronegócio Brasil 2016/17 a 2026/27. Projeções de Longo Prazo. Available: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/todas-publicacoes-de-politica-agricola/projecoes-do-agronegocio/projecoes-2017-finalizado.pdf/view. Accessed on: Jul 2023.
Buainain, A. (2006). Agricultura familiar, agroecologia e desenvolvimento sustentável: questões para debate. IICA, Costa Rica. Available https://repositorio.iica.int/handle/11324/7555. Accessed on: Jul 2020.
CNA. Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Panorama do Agro. Available: <https://www.cnabrasil.org.br/cna/panorama-do-agro#_ftn1>. Accessed on: Jul 2020.
Cohen, B; Winn, M. I. (2007). Market imperfections, opportunity, and sustainable entrepreneurship. Journal of Business Venturing, v. 22, n. 1, p. 29-49. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2004.12.001 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2004.12.001
De Souza Ramos, J. R. N.; Santos da Silva, M.; De Almeida Neto, P. P. (2015). Limitações na responsabilidade socioambiental no agronegócio do oeste baiano. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade – RGSA, v. 4, n. 1, p. 30-45. https://doi.org/10.5585/geas.v4i1.233 DOI: https://doi.org/10.5585/geas.v4i1.233
Dean, T.; Mcmullen, J. (2007). Toward a theory of sustainable entrepreneurship: reducing environmental degradation through entrepreneurial action. Journal of Business Venturing, vol. 22, no. 1, p. 50-76, 2007. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2005.09.003 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2005.09.003
Elkington, J. (2012). Sustainability, cannibals with knife and fork. São Paulo: M. Books of Brazil.
EMF, (2013). Ellen MacArthur Foundation (EMF). Towards the Circular Economy, vol. 1 (2013). (Isle of Wight).
FAO. (2021) Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Disponível em: https://www.fao.org/brasil/pt/. Access on: [Jun 2023].
Foster, A., Roberto, S. S., & Igari, A. T. (2016). Economia circular e resíduos sólidos: uma revisão sistemática sobre a eficiência ambiental e econômica. Encontro internacional sobre gestão empresarial e meio ambiente, São Paulo.
Gibbs, G. (2009). Análise de Dados Qualitativos. Porto Alegre: Bookman.
Gil, AC (2007). Metodologias e Técnicas da Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Guimarães, J. C. F., Severo, E. A., & Dorion, E. C. H. (2022). Product Innovation: Path to Sustainable Competitive Advantage with Use of Environmental, Social and Governance Principles. Revista De Governança Corporativa, 9(1), e0117. https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v9i1.117 DOI: https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v9i1.117
Haldar, S. (2019). Green entrepreneurship in the renewable energy sector–a case study of Gujarat. Journal of Science and Technology Policy Management, 10(1), 234-250. https://doi.org/10.1108/JSTPM-12-2017-0070 DOI: https://doi.org/10.1108/JSTPM-12-2017-0070
Hockerts, K.; Wüstenhagen, R. (2010). Greening Goliaths versus Emerging Davids: Theorizing about the role of incumbents and new entrants in sustainable entrepreneurship. Journal of Business Venturing, vol. 25, p. 481-492. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2009.07.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2009.07.005
IBGE. (2020). Atlas digital nacional do Brasil. Available at: https://censo2022.ibge.gov.br/. Access on: [Jun 2023].
Kuckertz, A.; Wagner, M. (2010). The influence of sustainability orientation on entrepreneurial intentions: investigating the role of business experience. Journal of Business Venturing, vol. 25, p. 524-539. v DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2009.09.001
Lawrence, A.; Weber, J. (2005). Post, J. Business and Society. New York: McGrawHill.
Malhotra, N. (2012). Pesquisa de Marketing: Uma Orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman.
MAPA (2020). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Projeções do Agronegócio Brasil 2016/17 a 2026/27. Projeções de Longo Prazo. Available: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/todos-publicacoes-de-politica-agricola/projecoes-do-agronegocio/projecoes-do-agronegocio-2017-a-2027-preliminary-version-25-07-17.pdf. Access on: [Jun 2023].
Marconi M; Lakatos, E; (1995). Metodologia Pesquisa Científica. São Paulo: Atlas
Minayo, M. C. De S. (1994). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 3 ed. São Paulo. Hucited/Abrasco.
Morgan, G. (1996). Imagens da Organização. São Paulo: Atlas.
Paulo, T. B. D. (2021). A sustentabilidade no agronegócio a partir de uma análise jurídica. Dissertação (Mestrado) - Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, 2021.
Paz, F. J., & Kipper, L. M. (2016). Sustentabilidade nas organizações: vantagens e desafios. Revista Gestão da Produção Operações e Sistemas, 11(2), 85-85. https://doi.org/10.15675/gepros.v11i2.1403 DOI: https://doi.org/10.15675/gepros.v11i2.1403
Ribeiro, T. de L., & Antônio de Lima, A. (2022). Environmental, Social and Governance (ESG): Mapeamento e Análise de Clusters. Revista De Governança Corporativa, 9(1), e0120. https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v9i1.120 DOI: https://doi.org/10.21434/IberoamericanJCG.v9i1.120
Sachs, I. (1994). Estratégias de transição para o século XXI. In: Bursztyn, M. (Org.). Para pensar o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Brasiliense, p. 29-56.
Schaltegger, S.; Wagner, M. (2008). Types of sustainable entrepreneurship and conditions for sustainability innovation: from the administration of a technical challenge to the management of an entrepreneurial opportunity. Sustainable Innovation and Entrepreneurship. Cheltenham: Edward Elgar, p. 27-48. DOI: https://doi.org/10.4337/9781848441552.00009
Schaper, M. (2002). The essence of ecopreneurship. Greener Management International, p. 26- 30. DOI: https://doi.org/10.9774/GLEAF.3062.2002.su.00004
Schumpeter, J. (1934) The theory of economic development. Cambridge: Harvard University Press.
Schymura, Luiz Guilherme (2023). Choque de renda de commodities explicou surpresas do PIB, mas vento está virando. Portal do IBRE. FGV. Available: https://portalibre.fgv.br/sites/default/files/2023-07/07Ce2023%20Carta%20do%20IBRE.pdf . Access on: [Jun 2023].
Sehnem, S. (2019). Circular business models: Babbling initial exploratory. Environmental Quality Management, 28(3), 83-96. https://doi.org/10.1002/tqem.21609 DOI: https://doi.org/10.1002/tqem.21609
Shepherd, Da; Patzelt, H. (2011). The New Field of Sustainable Entrepreneurship: Studying Entrepreneurial Action Linking "What Is to Be Sustained" with "What Is to Be Developed." Entrepreneurship: Theory & Practice, vol. 35, no. 1, January, p. 137-163. https://doi.org/10.1111/j.1540-6520.2010.00426.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6520.2010.00426.x
Souza Filho, Hm. (2009). Desenvolvimento Sustentável Agrícola. In: Battle, MO (Coord.). Gestão Agroindustrial. v. 1 – 3. ed. – 3. reprint. – São Paulo: Atlas, p. 665-710.
Souza, G. M. F. (2020). Empreendedorismo Sustentável: Estudo de caso na Associação de Agricultores de Hortifrútis Orgânicos na cidade de Juazeiro Do Norte–CE. Revista Inteligência Competitiva, vol. 10, n. 1, p. 16-35. https://doi.org/10.24883 DOI: https://doi.org/10.24883/IberoamericanIC.v10i1.336
United Nations Organization. World urbanization prospects: the 2014 revision: highlights. New York, 2014. https://www.un.org/en/development/desa/publications/2014-revision-world-urbanization-prospects.html. Access on:
USDA. (2020). United States Department of Agriculture. Production, supply and distribution. Available: https://www.usda.gov/nutrition-security. Access on: [Jun 2023].
VERGARA, S. C. (2000). Começando a definir a metodologia. Projetos e relatórios de pesquisa em administração, 3, 46-53.
Yin, R. K. (2005). Case Study: Planning and Methods. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.
Young, W.; Tilley, F. (2006). Can businesses move beyond efficiency? The shift toward effectiveness and equity in the corporate sustainability debate. Business Strategy and the Environment, no. 15, v. 6, p. 402-415. https://doi.org/10.1002/bse.510 DOI: https://doi.org/10.1002/bse.510
Zahra, S. et al. (2009). A typology of social entrepreneurs: motives, search processes and ethical challenges. Journal of Business Venturing, vol. 24, no. 6, p. 519-532. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2008.04.007 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2008.04.007
Żak, A. (2015). Triple bottom line concept in theory and practice. Social Responsibility of Organizations Directions of Changes, 387, 251-264. https://doi.org/1010.15611/pn.2015.387.21 DOI: https://doi.org/10.15611/pn.2015.387.21
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Inteligência Competitiva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto na da revista;
O(s) autor(es) garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) emhttp://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html